segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Viver Não É Fácil

Um livro para entender um mundo, as vezes, muito distante do que se vive.
A autora tenta explicar como é a vida de uma pessoa que possui o TOC, o tratamento e o que fazer com pessoas próximas que o possuem.

Ainda me impressiono com a complexidade do cérebro. O TOC é um exemplo de um transtorno que aparece, muitas vezes, do nada e da mesma forma desaparece.
Lendo o livro, você acaba pensando que também tem TOC (hehe) e que várias pessoas ao seu redor também possuem de uma maneira mais branda. Porém, muitos não interpretam como um transtorno, e sim como uma "frescura" controlável.
E na verdade não é! Como controlar pensamentos constantes e achar que se você fizer tal ritual, aquele pensamento vai passar. Só que não passa. E você acaba repetindo e repetindo e quando se da conta está deixando de viver por isso.
Ela mostra claramente quando se deve procurar ajuda e como ajudar alguém que a possuí.

Saiba que todo mundo possuí um pouco de TOC, uns mais e outros menos, mas diferente de quem precisa de ajuda, podemos controlar e seguir com a nossas vidas. Mas quem a possuí, muitas vezes, demora anos pra procurar tratamento e sofre muito com a desinformação e o preconceito da sociedade.
Portanto, preste mais atenção quando você sair de casa e achar que deixou a porta, o gás ou a janela aberta e por isso sempre chegar atrasado no serviço, desmarcar compromissos e passar o dia inteiro só pensando nisso. Pode ser que não seja uma simples "mania" sua.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um Livro Com "Olhos Tristes"

Gosta do Nirvana? Ou melhor do Kurt Cobain?
Esse livro mostra muito claramente o que já era iminente: o suicídio de Kurt.

Charles é um escritor que busca em várias fontes, entender sobre o mesmo assunto. Tanto que levou quatro anos para finaliza-lo.
Desde de sua infância, Kurt já demonstrava que não veio ao mundo para ficar quieto. E sim para mudar toda uma cena musical já enraizada, que precisava de uma cara mais largada, que não se importava com os padrões. A única coisa que ele queria era tocar e ser reconhecido.
Mas acho que foi aí que ele errou: o quanto ele queria esse reconhecimento?

Na época de sua morte não era uma fã "declarada" do Nirvana, mas já gostava das músicas e dos clipes.
Assim como muitos, apenas conhecia a cena musical estrangeira através da MTV, e não saía da frente da TV por causa disso!

O livro mostra o lado terno de Kurt (quando Frances nasceu) e seu lado mais destrutivo (as drogas). Ele reclamava muito de sua tal dor no estomago, o que pra mim, depois de anos, era uma dor psicológica na qual ele usava como desculpa para se drogar cada vez mais.
Na época diziam que Courtney tinha culpa no seu suicídio, porém pra mim, como ela conseguiria pará-lo? Se ela também era uma auto destrutiva, porém um pouco mais "pé no chão" que ele.
O que realmente me tocou foi ler a forma como tudo terminou.
Os detalhes me deixaram triste, pois como um ser humano consegue planejar a sua morte, deixando uma filha e uma mulher pra trás? Dizendo que as ama?
A realidade é mais dura do que se suponha.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Livro Mais Real Que Já Li

Sempre gostei mais de histórias de "terror" do que "comédias românticas".
Mas filmes de terror, pra mim, eram muito cheios de sangue e com finais sem graça.
Foi aí que fui atrás de um livro que realmente prendesse a minha atenção e encontrei esse livro aí.
Depois de quase um ano lendo (admito que sou preguiçosa pra ler) consegui termina-lo.
Não sou a pessoa mais certa para fazer uma crítica, então vou relatar apenas meu sentimento com relação a ele.

Pra quem tem curiosidade sobre o assunto, talvez com uma análise mais "psicológica" deve lê-lo.
Ilana é uma autora que se expressa de uma maneira muito clara e muito detalhista.
Sempre acreditei que os Serial Killers são pessoas doentes mentalmente, não acredito no "mal", e sim que devido as circunstâncias (uma vida cheia de privações, sofrida e talvez uma tendência homicida) leva a pessoas, como eles, a cometer os mais terríveis assassinatos como se tivesse em um parque de diversões. 
Ela conta as histórias, faz uma análise e até, quando possível, entrevista-os.
Achei o livro tão bom que me despertou uma vontade de fazer uma faculdade de psicologia, não para seguir carreira, e sim para ter um conhecimento maior com relação ao ser humano e suas complexidades.
Não me considero medrosa, porém há uma parte do livro na qual não consegui ler.
Não por falta de vontade, mas sim por não conseguir suportar imaginar as cenas descritas.
A falta de percepção dos assassinos perante seus crimes me deixou intrigada.
Até atrapalhou meu sono! Tanto que só pude lê-lo durante dia! (hehe).
Um livro que te faz analisar o mundo de uma maneira mais fria (com uma visão com menos compaixão) e despertar um alerta interno que pode acontecer com qualquer um. Que estamos sujeitos a conviver com pessoas que mal conhecemos e que podem esconder uma mente doentia, calculista e até com um caráter duvidoso. E quando você menos esperar, por nenhum motivo, você pode ser uma vitima.
Recomendo muito esse livro!
Mas com um alerta: apenas para pessoas que não possuem doenças cardíacas e que não são facilmente impressionáveis!!! 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A Alegria da Vida

Descobrir que existe vida após o sofrimento é só pra quem passa por isso.
Estou internada a 1 ano e 12 dias.
Descobri, meio sem querer, essa doença misteriosa.
Que corrói tudo por dentro como se fosse um ácido, que queima sem doer.

Estava eu, em minhas tarefas diárias, quando de repente uma tontura me abala.
A princípio, achei que era pressão baixa.
E daí veio o sangramento no nariz.

Meu namorado achou que era o tempo que estava seco demais, mas achou melhor eu ir no médico.
Fui sozinha, pois achei que fossem exames de rotina.
No dia seguinte, o médico meio apreensivo me perguntou: Tem algum parente lhe esperando do lado de fora?
Achei a pergunta tão idiota. Como se eu tivesse 5 anos de idade.
Disse que não, mas que ele poderia me explicar o porque disso.

Foi aí, que como naquela música da Maysa, “Meu Mundo Caiu”.
Pensei muito em porque isso estava acontecendo comigo e se eu realmente merecia.
Um sentimento de tristeza tomou conta de mim.
Meus familiares, é claro, me dando apoio e meus amigos também.

Foi quando a quimio maldita começou.
O mais engraçado é que não nos preocupamos com o mal estar, os enjoos e sim com o cabelo!
Pois é, meu cabelo a base de muitos químicos e alisamentos caiam como se fosse folhas ao vento.
Foi aí que toda a revolta que eu sentia, se transformou em um sentimento pior: fiquei com pena de mim mesma!
Como se tudo o que investi a vida inteira em mim não representasse nada perante ao que eu passava.
Todas as pessoas que via pelos corredores do hospital estavam na mesma situação que eu: pessoas bem sucedidas, com as vidas feitas e com dinheiro pra comprar o que quisessem não significava nada perante de uma doença que não distingue classe social e nem idade.

Minha vida se reduziu em um quarto de hospital e em visitas de pessoas nas quais eu tinha que forçar um sorriso falso.
Foi aí, que depois de eu me acostumar com essa rotina e de ter conhecido muitas pessoas, dentre elas a Cláudia. Uma menina de 12 anos que era mais madura que eu, com 25.

Ela me visitava todos os dias, me convidava para as atividades do hospital e me mostrava pelo seu notebook, músicas novas que ela descobria pela internet.

Foi em um dia chuvoso, meio frio até que veio a notícia que fez com que eu entendesse o porque de tudo aquilo: Cláudia se foi.
Ela sempre era extremamente consciente de sua situação, mas em nenhum momento se deixou abalar com o que os médico diziam.
Cláudia me dizia que quando saísse do hospital iria me procurar para viajarmos pelo mundo, já que eu era mais empacada que uma mula!

Exatamente 10 dias após seu falecimento, me veio a noticia mais esperada por mim, mas que agora não tinha o significado tão grandioso quanto eu esperava ter: vou ter alta.

Meu sangue estava limpo o suficiente para poder ir para casa.
Foi quando depois de 1 ano vi e ouvi os pássaros nas árvores.
O que antes não fazia sentido nenhum pra mim, hoje é o espetáculo mais lindo que eu podia presenciar.
E senti a vida novamente sorrindo pra mim. Um sentimento tão alegre e maior que tudo que já tinha vivido.
Hoje, meu valores mudaram e com ele minha visão de mundo.

E aprendi que, muitas vezes, o ser humano tem que passar por sofrimentos, para dar valor a aquilo que realmente importa: a alegria de viver.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Minha Vida Sem Você


Hoje já fazem 19 dias e 5hs que não vejo mais seus olhos grandes e brilhantes, como a lua que toda noite insiste em fazer eu me lembrar de você.
Nossos momentos juntos foram mágicos.
Inebriantes.
Você e essa mania de me deixar sem folego toda vez que me beijava.
Meus dias pareciam mais vibrantes quando eu lembrava que mais tarde iria vê-lo.
Toda vez que você me abraçava, parecia que o mundo tinha desaparecido e eramos transportados para um lugar calmo e refrescante.


Porém, hoje meu mundo não é mais o mesmo.
Sem os seus olhos, a lua parece que desapareceu e que todos os dias e noites são nublados e cinzas.
Não existe mais “nós” e sim “eu”.
“Eu” sozinha no meu quarto, na minha mente e no meu coração.
Não tenho mais motivos pra abrir os olhos.
E sequer comer.
Me arrasto pelo resto dos meus dias como se vivesse em um limbo sem fim.
A cada dia que passa me sinto mais fraca.
Sem cor.
Sem o frescor da vida.
E me pergunto o porque desse sofrimento sem fim.
E hoje esses dias sem sentido terão fim.
Minhas razões para continuar nesse mundo acabam agora.
E só deixo um bilhete em meu espelho que nunca mais refletiu o sol da vida:
“Sempre Te Amarei!”

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mentes Inquietas

Dizem que pessoas mais quietas e caladas têm mentes inquietas.

E estou começando a acreditar nisso.

Sempre fui a mais quieta, a mais observadora, a que sempre escutava os outros e dava conselhos.

Hoje vejo o quanto é difícil ter alguém pra ti escutar, compreender e te ajudar nas questões do dia a dia.

E sinto que poucas pessoas fizeram isso por mim e muito mais fiz por elas. É claro que nunca cobrei de ninguém, mas as pessoas hoje em dia não estão tão a fim de escutar e sim de falar e falar!

A necessidade de falar acontece raramente comigo. Sempre fui mais introspectiva e gostava de brincar sozinha.

Não tenho dificuldade em fazer as coisas sozinhas (como ir pra academia ou sair pra caminhar pelo bairro). E considero isso como uma qualidade, pois vejo tantas pessoas que simplesmente não conseguem fazer nada sozinhas ou não gostam de estar sozinhas.

Nesse mundo cibernético estamos mais sozinhos no meio da multidão do que na minha época quando não existia internet veloz e nem smartphone. Acho que com isso aprendi “a me virar melhor” em uma sociedade onde só quem tem o “jeitinho” malandro de ser é mais bem sucedido.

Mas é claro que não colocar tudo pra fora, às vezes, causa frustração. Por isso, encontro meios alternativos de me expressar e me posicionar frente ao que me deixa incomodada.


Por isso, olhe para o lado de vez em quando e pare de falar quando sentir que o ouvinte está mais interessado na paisagem do em você. Tente escutar o seu redor. O mundo é bem melhor quando deixamos a futilidade de lado e passamos a mais ouvir do que falar.




segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uma Nova Etapa

Quando tu queres muito alguma coisa, muito mesmo ela realmente acontece.

Como quando eu tinha uns 12 anos e queria muito me apaixonar por alguém e fechava os olhos e pensava: vou fazer uns rabiscos no papel e a primeira letra que eu identificar será o nome do meu amor!
Sempre saia a letra “A”. E eu pensava: não conheço ninguém com a letra “A”! E hoje estou há 10 anos com a pessoa mais especial que poderia existir pra mim.

Ou quando tu queres muito morar sozinha e até desempregada tu ta, mas mesmo assim quer e pensa: Que saco! Nada de bom acontece comigo!

As coisas vêm ao seu tempo. Nada, e digo NADA, vem fora da hora!

Elas somente acontecem quando você tem realmente condições de usufruir daquilo que tanto almeja.

E o mesmo acontece quando tu fazes algo considerado “ruim”. Saiba que um dia, do nada, as coisas começam a não dar certo.  E você pensa: porque será?

Sim meus queridos! Como diria aquele velho ditado: “aqui se faz, aqui se paga!”

Mas quero falar de coisas boas.
Como quando tu chegas em casa e tem uma criaturinha te esperando na porta, miando e querendo muito um carinho, uma ração e uma água fresca! (hehe)

Descobrir que além de ti e do namorado, é bom se preocupar com um ser que espera muito de ti e só tem uma coisa pra ti dar de volta: amor!

Tu aprende a ter muita paciência, como quando ele fica subindo na pia quando tu ta fazendo comida.
Aprende que no frio, um cobertor e um colo são tudo o que ele precisa pra se sentir confortável e bem.

E aprende que pêlos, objetos de decoração quebrados e sofá arranhado fazem parte da sua rotina e que sua casa nem sempre vai estar limpa o suficiente.

Pratico o tal do “desapego” todos os dias e me sinto bem com isso!

As coisas que tanto almejei vieram muito tempo depois e somente quando eu tinha reais condições te-las.


Então, não espere que as coisas caiam do céu, crie oportunidades para merecê-las e tenha muita paciência e com certeza um dia, quando menos esperar, estará em uma nova fase da tua vida e com tudo que sempre quis.